segunda-feira, 26 de março de 2012

Tu me seduziste, Senhor

“Eis que vou, eu mesmo, seduzi-la, conduzi-la ao deserto, e falar-lhe ao coração” (Os 2,16). Na Bíblia, inúmeras vezes a relação entre Deus e o seu povo é comparada a um casamento. Há o tempo da aproximação, do conhecimento, do enamoramento, do diálogo, da Aliança, da intimidade, da gestação… Deus se apresenta como o esposo. “Passando junto de ti eu te vi, e percebi que tinhas chegado ao tempo do amor. Estendi o manto para te cobrir; comprometi-me contigo por juramento e fiz aliança contigo” (Ez 16,8). Jesus se compara ao noivo. “Por acaso, os amigos do noivo podem ficar tristes enquanto o noivo está com eles? (Mt 9,15.
Esse encontro se dá muitas vezes no deserto. É aí que Deus se revela, se dá a conhecer, se aproxima, acompanha, alimenta, sacia a sede, constrói o futuro. “Foi num deserto que o Senhor achou seu povo, num lugar de solidão desoladora; cercou-o de cuidados e carinhos, e o guardou como a pupila de seus olhos” (Dt 32,10).
O tempo da Quaresma, que estamos vivendo, nos apresenta essas duas bonitas realidades. A Aliança e o deserto. A palavra forte é conversão, que significa “voltar-se para”. Deus está sempre olhando para nós com olhos de ternura, de compaixão, de amor. Ele quer nos conquistar. Converter-se é voltar para ele os olhos, os pensamentos, os sentimentos, as atitudes. É caminhar na direção do amor, da justiça, da fraternidade, do respeito, da vida. É buscar a sintonia com sua vontade, a harmonia com tudo o que Ele cria e ensina.
Converter-se é procurar ser fiel nessa Aliança, nesse casamento amoroso com Deus, com os irmãos, com a natureza. É viver esse enamoramento que nos faz sentir alegria e prazer em estar junto, unido, em sintonia. É andar de mãos dadas com Jesus Cristo e seu projeto de vida para todos. É dizer como Jeremias: “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir” (Jr 20,7).
O deserto é o outro aspecto da Quaresma. A liturgia deste tempo faz inúmeras alusões a ele. Lembra as tentações de Jesus no deserto por quarenta dias, a caminhada do povo durante quarenta anos, a experiência dos profetas. É que o deserto é profundamente simbólico.
Frei Prudente Nery faz uma bela reflexão sobre isso, dizendo que Deus permitiu que seu povo experimentasse a sede, para que pudesse perceber a preciosidade da água; que sentisse fome, para aprender o valor do pão e da partilha; que sofresse a solidão, para que compreendesse a importância e o valor dos irmãos. No deserto se viram perdidos, para reconhecer que precisavam de Deus; sentiram saudade do passado, para que aprendessem a valorizar a esperança; foram feridos pelo pecado, para que descobrissem a beleza do perdão.
De fato, o deserto nos ensina tudo isso. Só aprendemos a dar valor quando perdemos algo ou não podemos ter. Somente passando necessidade, valorizamos a alegria de possuir. É na aridez do deserto que se descobre a necessidade de cavar fundo para buscar a água que dá vida. É na sua escuridão que se aprende a valorizar o brilho das estrelas. É na sua solidão e silêncio que se descobre a necessidade de prosseguir, sem se deixar dominar pelo desânimo e pelo cansaço. É esta a palavra que o profeta Elias ouve de Deus no deserto: “Levanta-te e come, porque tens um longo caminho a percorrer” (1Re 19,4-8).
 Cada ano, durante a quaresma, a Igreja nos convida a fazer a rica experiência da Aliança e do deserto. Somos convidados a entrar na intimidade do Senhor da vida e nos entusiasmar pela proposta do Evangelho. Desafiados a experimentar o deserto, nos privando de algum alimento ou de algo que nos agrada, como forma de solidariedade, proporcionando o mínimo necessário aos que nada têm. Chamados a fazer a experiência da sede, para reconhecermos a água verdadeira que nos sacia, que dá sentido à nossa existência, compreendendo que também nós podemos ser água pra muita gente sedenta de atenção, de carinho, de justiça, de respeito. Olhando para as pedras do deserto, somos desafiados a superar a dureza do nosso coração. “Tirarei do vosso peito o coração de pedra e vos darei um novo coração de carne” (Ez 36,26).
 Deus nos convida ao deserto e quer falar ao nosso coração. É esse o espaço privilegiado do encontro com o Senhor da vida e com a vida dos irmãos. Tempo da gestação do novo. Caminho e garantia da Páscoa da libertação.
Pe. José Antonio de Oliveira

segunda-feira, 19 de março de 2012

DIMENSÃO BÍBLICO CATEQUÉTICA



PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO – CRISTIANO OTONI
COORDENAÇÃO PAROQUIAL – Christina Magella  
   


COORDENAÇÃO COMUNITÁRIA:
CENTRO – Naiara
SÃO PEDRO ( B. Pinheiros) – Lurdinha
CANA DO REINO – Vaninha
ENGENHO – Sueli 
SÂO CAETANO – Graciele
OLHOS D’ÁGUA - Laurieta
DESAFIOS: Estamos organizando os
trabalhos da Catequese Paroquial neste
ano de 2012 e contamos com as
seguintes turmas de catequese,
divididas de acordo com o Plano Arquidiocesano de Catequese – efetuado em 22 de fevereiro de 2006 – arcebispo Dom Luciano Mendes de Almeida. Este plano foi elaborado pelos coordenadores e assessores arquidiocesanos de catequese, com a ajuda preciosa de coordenadores paroquiais e de todos os catequistas que acompanharam o programa de formação “ VINDE E VEDE.”( PAC – Introdução –pág.7).

Catequistas da Paróquia Santo Antônio:
Primeiros e essenciais: OS PAIS.
Centro: NAIARA, VANESSA, CÉLIA, APARECIDA, PATRÍCIA, RENILDES, MARLI, CHRISTINA, CARMEN, LÍLIAN
Pinheiros: LURDINHA, LUCIENE, SIRLENE, SUELI, DEISE, JÚLIO, LORRANA, THAISNARA, JOSIANE 










DEMAIS  COMUNIDADES:
Olhos d’Água: LELETA, SAMARA
Água Limpa: MARIA DE LOURDES
São Caetano : GRACIELE 
Engenho: SUELI, GIOVANA
Cana do Reino: VANINHA

Na verdade, mais que citar nomes, é saber que todos nós somos responsáveis pela evangelização. Cada gesto e coração  aberto pra ouvir o que  Jesus  quer de nós. 



TODO TRABALHO TEM COMO BASE DE APOIO: PADRE JOSÉ ANTÔNIO DE OLIVEIRA
EQUIPE DE COORDENAÇÃO DE CATEQUESE DA REGIONAL 
 A COMUNIDADE QUE NOS ACOMPANHA, COMPREENDE E  COM QUEM A GENTE TAMBÉM APRENDE.








quinta-feira, 8 de março de 2012

Romaria dos Trabalhadores

A equipe de coordenação da Romaria dos Trabalhadores está a todo vapor se organizando para a XXII Romaria que será realizada no próximo dia 1º de maio de 2012, que traz como tema “Desenvolvimento e Saúde do Povo” e lema “Mineração: Benção ou maldição”.
Para ajudar no processo de construção da Romaria serão oferecidos alguns roteiros para auxiliar na reflexão e também estão sendo realizados o que a equipe vem chamando de trabalho de base, aonde as cidades vêm constituindo grupos de estudos e reflexões. Na cidade de São Brás será realizado neste final de semana um mutirão de visitas, onde vários Romeiros estarão na cidade visitando os moradores de casa em casa para discutir a Romaria e a realidade pela qual passa a região.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Novos membros de nossa Igreja














Neste domingo dia 04 de março recebemos durante a Celebração Eucaristica na Igreja São Pedro no Bairro Pinheiros, mais quatro irmãozinhos. Padre José Antônio nos lembrou durante os batizados que a vela acesa pelos padrinhos, deverá ser novamente acesa no aniversário de Batismo das crianças lembrando desta data importante na vida delas com uma Celebração em Família. Após a Celebração aconteceu a consagração das crianças.

sexta-feira, 2 de março de 2012

O Dom do filho querido de Deus para nós .

Do alto da montanha, enxerga-se melhor o que está acima de nós e o que está abaixo. Por isso, muitas ermidas estão situadas em colinas, da mesma forma que muitos templos de outras religiões. Ali, parece que Deus está mais próximo e, alheios ao vaivém e barulhos do mundo, somos mais capazes de ver com clareza o conjunto de nossa vida, porque, quando estamos aqui embaixo, as árvores não nos deixam ver o bosque. Também, no alto de uma montanha, tem lugar a transfiguração de Jesus diante de seus apóstolos. Ali, distante das multidões, talvez em um momento de encontro e de diálogo profundo, os apóstolos puderam ver com clareza quem era Jesus e a sua relação com as tradições judaicas – daí a presença de Elias e Moisés. Anos mais tarde, os apóstolos explicaram o que aconteceu dizendo que Jesus se havia transfigurado diante deles. Haviam-no contemplado iluminado pelo próprio Deus e ouviram sensivelmente a voz do Pai, que lhes disse: “Este é o meu filho amado, escutem-No!”. Compreendemos que é Deus que nos dá o seu Filho para que, através de sua palavra e de seu sacrifício, alcancemos a salvação, em feliz comunhão com a Trindade Santa. Talvez essa Quaresma seja nossa oportunidade para subirmos também em alguma montanha, para buscarmos algum momento no qual possamos nos isolar do ritmo diário da vida. Ali encontraremos, antes de tudo, o silêncio de Deus, que acabará por chegar até o nosso coração. Ali perceberemos, talvez, que a nossa vida não segue tão bem quanto deveria, ali encontraremos forças para tentar uma mudança, pois contamos com a bênção, agraça e a força de Deus, que nunca nos abandona, E, então, quem sabe poderemos compreender e sentir o mistério de um Deus que, antes de tudo, é pai, é misericórdia, é perdão e é um amor tão grande que nos dá seu próprio Filho para nos ajudar  a caminhar de maneira certa e feliz rumo à alegria eterna. E, se não temos acesso a uma montanha, podemos buscar, nesta Quaresma, um instante de silêncio, de recolhimento, todos os dias ou, pelo menos, uma vez por semana. Talvez essa possa ser a nossa montanha particular, na qual nos encontremos com a bênção de Deus e comecemos a ouvi-lo e a segui-lo em nossos caminhos.
Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)