sábado, 30 de novembro de 2013

É tempo de esperança


O tempo do Natal faz memória e nos ajuda a reviver a vinda de Deus em nossa carne, sua manifestação em nossa história, assumindo nossa realidade na pessoa de Jesus de Nazaré.
O advento nos prepara para acolher o Senhor que vem ao nosso encontro. É tempo de preparação, de piedosa e alegre expectativa, marcado pela esperança ativa de quem não só espera, mas busca e constrói a vinda de Jesus. É o tempo da “gestação”. Seu símbolo mais bonito é a gravidez. Recorda Maria grávida de Jesus, bem como a humanidade, grávida da Palavra, gestando a esperança de um futuro melhor.
Somos todos convocados a celebrar na alegria esse tempo tão bonito de esperança, de expectativa, de gestação do Reino. “A criação inteira geme as dores do parto... suspirando pela redenção” (cf. Rm 8,22-23), e se alegra com o novo que vem surgindo. Somos convidados a lançar no ventre da comunidade as sementes da justiça e da solidariedade, e cuidar para que elasbrotem e cresçam. “Das alturas orvalhem os céus e as nuvens chovam a justiça; que a terra se abra e produza a salvação, e junto com ela brote a justiça” (Is 45,8).
Neste primeiro domingo do Ano A, Isaías nos convida a transformar armas de guerra em ferramentas de vida, deixando-nos guiar pela luz do Senhor. São Paulo nos exorta a nos despojar das ações das trevas, de tudo aquilo que a gente tem vergonha de mostrar. Evitar a gula, bebedeiras, orgias, brigas, rivalidades, para nos vestir de luz. Mesmo que haja noite, o dia está se aproximando. É hora de acordar.
Como diz Thiago de Mello: “Faz escuro, mas eu canto, porque a manhã já vai chegar”.
No Evangelho, Jesus nos lembra da importância de estarmos atentos, vigilantes, preparados. O Senhor vem...
Começa a viagem bonita em direção ao Natal. As luzes vão surgindo. A Palavra nos convoca. É tempo de caminhar.
Há muita coisa a ser mudada, transformada, conquistada. Vamos à luta! E fica o recado de nosso querido Papa Francisco, em sua Exortação sobre a “Alegria do Evangelho”: “Os desafios existem para ser superados. Sejamos realistas, mas sem perder a alegria, a audácia e a dedicação cheia de esperança” (n. 109).
Pe. José Antônio de Oliveira

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