quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Grito dos Excluídos 2014 chama para a “Participação Popular” e ampliação de “Direitos”


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Será promovido, no dia sete de setembro, o 20º Grito dos Excluídos e Excluídas, que traz como tema: “Ocupar ruas e praças por liberdade de direitos”, temática que está ligada à Campanha da Fraternidade de 2014, “Fraternidade e Tráfico Humano”. O evento, que terá início às 8h, em frente à Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Congonhas, contará com a presença do Arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio. Durante o encontro, serão trabalhados os eixos “Participação Popular” e “Direitos” cobrando mais atenção para os direitos básicos da população de baixa renda como terra e trabalho, educação e saúde, transporte e segurança e alimentação de qualidade, entre outros.
A Arquidiocese de Mariana também tratará, de forma especial, questões como o extermínio da juventude, a violência contra a mulher, o trabalho escravo, o direito à moradia e a defesa do meio ambiente tão maltratado pelo uso de agrotóxicos, construção de barragens e mineração devastadora.
Segundo o Padre Marcelo Santiago, coordenador da Dimensão Sociopolítica da Arquidiocese, a participação de todos é muito importante para o sucesso do evento. “Confiamos às nossas comunidades, a partir de seus presbíteros, das pastorais sociais, movimentos populares, sindicatos e associações, a organização de caravanas para o Grito dos Excluídos. Será muito bom que todas as paróquias, através de suas ‘forças vivas’ se façam representar”, exaltou Padre Marcelo.
Ainda segundo o Padre Marcelo, para agilizar o trabalho de motivação e organização do evento, é importante que as comunidades sigam alguns passos:
-         Procurem falar ao povo, sobretudo às lideranças paroquiais, sobre o Grito dos Excluídos – sua importância e do compromisso cristão latente ao abraçar essa causa em favor da vida, da dignidade do ser humano e compromisso com a sociedade do bem viver, do bem comum.
-        Mobilizem lideranças para participarem do Grito dos Excluídos, em Congonhas. Gritamos com todos e por todos, em comunhão com os esforços pastorais de nossa Igreja Particular de Mariana, comprometida com os afastados e excluídos.
-        Realizem, antes do dia sete de setembro, em suas comunidades, usando de criatividade, a celebração do Grito dos Excluídos, em comunhão com a Arquidiocese de Mariana, valendo-se dos eixos “Participação Popular” e “Direitos”. Não deixem de celebrar o Grito em sua comunidade paroquial.
-         Realizem, onde for possível, uma Assembleia Popular, com lideranças comunitárias (paróquia / cidade), aprofundando as temáticas do Grito e sua aplicação no contexto da própria paróquia, cidade e região.
-         Os vigários episcopais, através de suas regiões, auxiliem as paróquias, no que estiver ao alcance, facilitando a melhor representação de suas áreas pastorais na realização do Grito dos Excluídos.
“Sonhamos a construção de tempos melhores para o nosso povo, a partir dos mais pobres e excluídos, na linha dos debates da 5ª Semana Social Brasileira. Para isso é necessário entrar em campo, ‘ocupar as ruas e praças’, e participar, de forma patrioticamente ativa, nas decisões em prol de um Brasil mais justo, solidário, sustentável e fraterno”, finalizou Padre Marcelo.
Programação
Historicamente, o Grito dos Excluídos tem sido uma manifestação popular e espaço de animação e profecia. Sempre aberto e plural a pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos e excluídas.
Como indica a própria expressão, o Grito dos Excluídos constitui-se numa mobilização com três sentidos: denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social; tornar público o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome; propor alternativas ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos e cidadãs.
Na Arquidiocese de Mariana, o Grito dos Excluídos contará com a seguinte programação:
8h – Acolhida e Concentração em frente à Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Congonhas. Primeiro eixo de falas: Participação Popular e Direito à Dignidade.
9h30 – Início da Caminhada para a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos.
10h – Segundo eixo de falas: Moradia Popular e Meio Ambiente.
11h – Em frente ao Santuário/Basílica do Bom Jesus, no palanque: Terceiro eixo de falas: Extermínio contra a Juventude, sobretudo do negro; Violência contra a Mulher; Trabalho Escravo.
11h30 – Missa concelebrada, presidida pelo Arcebispo Dom Geraldo Lyrio Rocha.

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