quarta-feira, 15 de outubro de 2014


Um novo olhar…
Pe. José Antônio de Oliveira
“Numa roda de amigos, alguém mostrou uma fotografia em que se via um homem de rosto severo, com o dedo levantado, quase agredindo o público. Todos tiveram a impressão de que se tratava de uma pessoa antipática, inflexível, que não permitia intimidade. Parecia mesmo um homem mau.
Nesse momento, chegou um rapaz, viu a fotografia e exclamou: ‘É meu pai!’ Os outros olharam para ele e, apontando a fotografia, comentaram: ‘Pai severo, hein?!’ Mas ele respondeu: ‘Não! Não é não! Ele é muito carinhoso. Meu pai é advogado. Esta fotografia foi tirada no tribunal, quando ele denunciava o crime de um homem poderoso, um latifundiário que queria despejar uma família pobre de um terreno baldio da prefeitura, onde ela estava morando havia vários anos. Meu pai ganhou a causa, e os pobres não foram despejados!’
Todos olharam de novo e disseram: ‘Que fotografia bonita! Que homem simpático!’
Como por um milagre, a foto se iluminou e tomou um outro aspecto. Aquele rosto tão severo adquiriu traços de uma grande ternura! As palavras do filho mudaram tudo, sem mudar nada!”
O Frei Carlos Mesters conta essa história para falar da Bíblia. Ela nos mostra a fotografia de Deus e da vida do povo de Deus. Se a gente não conhece o contexto, o tempo em que foi escrita, quem escreveu e para quem foi escrita, podemos ter uma visão distorcida de Deus e da religião. É por isso que nós a lemos procurando ver além das palavras e além dos fatos.
Vivendo o contexto do Sínodo dos bispos sobre a família, a Igreja e, de um modo muito especial, o papa Francisco, querem justamente assumir um olhar diferente. Nos depoimentos, no levantamento da realidade mundial, nos pronunciamentos do Pastor e de outros, sempre se destacam palavras que são essenciais: acolhimento, respeito, misericórdia, esperança, solidariedade. Sem esquecer a fidelidade, o compromisso, a sacralidade.
Esse novo olhar é fundamental para os tempos de hoje, tão mudados. Os contextos mudam. A maneira de ver e julgar precisa também mudar. Nas bodas de Caná Jesus usa justamente do casamento pra falar da sua nova proposta. O que está vazio de sentido, o que já não é motivo de alegria, onde a lei substitui o amor e a misericórdia, a transformação é necessária e urgente.
Jesus é quem melhor nos revela o verdadeiro rosto do Pai. Duro com os injustos e exploradores; cheio de ternura com os pobres e sofredores. Quando os antigos viam em Deus um Juiz severo, capaz de castigar gerações, e o viam apenas como o “Senhor Deus dos exércitos”, Jesus vem nos dizer que Deus caminha conosco, é papai, alguém que sabe dar o que há de melhor para os seus filhos e filhas. Um Deus justo e misericordioso, que nos ama com ternura de mãe, nos educa e dá a vida por nós. Sua vontade é que todos tenham vida e que ninguém se perca. Ele é capaz de entregar tudo para nos salvar do mal. “Deus amou tanto o mundo que entregou seu Filho…”.
Sem mudar nada, Ele muda tudo; nos ajuda a olhar a Bíblia, Deus e os irmãos com outros olhos. “Não vim abolir a Lei, mas dar-lhe pleno cumprimento”. Mostra como a lei está a serviço da pessoa e da vida, quando os mestres da lei a usavam contra os pequenos e pobres. Ensina-nos a olhar a Bíblia como caminho de vida e história de salvação. Ajuda-nos a ver nela o mapa que nos conduz pelos caminhos da justiça e da fraternidade, muito mais do que da condenação.
À luz da Palavra e da vida de Jesus, encontramos na Sagrada Escritura o rosto materno de Deus; a fotografia do Pai que corrige e orienta, defende os órfãos e as viúvas, condena com severidade a injustiça, mas ama e perdoa a bons e maus.
É aí que, certamente, o Sínodo dos Bispos irá buscar sua inspiração. É a partir do jeito de Jesus que a Igreja, movida pelo Espírito que renova todas as coisas, conseguirá ser uma verdadeira mãe para todos, inclusive e sobretudo para aquelas famílias que enfrentam tantos desafios, tanto sofrimento e que, mais do que dedos apontados, carece de mãos estendidas e corações abertos.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Missa das Crianças na Comunidade São Pedro e apresentação da nova Coordenação Paroquial







Assembleia Paroquial

Contando com a participação de membros dos CCPs de nossa Paroquia, aconteceu neste sábado dia 11 de outubro, a Assembleia Paroquial. À luz do PAE (Projeto Arquidiocesano de Evangelização) foi revelado o retrato da Paróquia enfatizando os avanços e limites. O tema "Conversão Pastoral" foi abordado pela Leci, Coordenadora do Conselho de Leigos da Arquidiocese de Mariana. Acontecei ainda eleição para Coordenação do CPP (Conselho de Pastoral Paroquial) onde foram eleitos para os próximos 3 anos: Viviane para Coordenadora e Leonardo para Vice Coordenador.


Domingo dia 5 de outubro cinco crianças foram batizadas em nossa comunidade.