terça-feira, 4 de junho de 2019

A VIDA DE SANTO ANTÔNIO


Santo Antônio, cujo nome de registro é Fernando de Bulhões, nasceu em Lisboa no ano de 1195. Aos 15 anos deixou seu conforto familiar e entrou no Colégio dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Ali Fernando aprofundou os seus estudos religiosos através da leitura da Bíblia e da literatura patrística, científica e clássica. Com 25 anos foi ordenado sacerdote. Assim como a vida de Santo Antônio nos inspira à santidade, ele também sentiu-se impulsionado a seguir as virtudes daqueles que doaram suas vidas pela causa do Reino de Deus. Ao ver os corpos de cinco Mártires Franciscanos assassinados em Marrocos e trazidos para Coimbra, ao mesmo Mosteiro onde ele vivia, deixou-se fascinar pelo ideal Franciscano. Os frades desta nova ordem que acabava de nascer, estavam cheios de vigor e idealismo. Não tinham Mosteiros, nem residências fixas, nem segurança econômica e professavam a pobreza absoluta. Dedicavam-se às missões anunciando o nome de Jesus Cristo. Fernando levado pelo desejo de imitar o heroísmo dos frades, pediu para ingressar na Nova Ordem, recebendo o nome de Antônio. Sem temer o martírio, partiu em Missão na África do Norte, com o desejo de evangelizar os muçulmanos. Tomado por uma doença que o fez retornar. Uma forte tempestade fez com que o navio fosse aportar na Sicília. Antônio então percorreu toda a Itália pregando o Evangelho. Em 1221, viajou para Assis a fim de participar do Capítulo Geral da Ordem, onde esteve com São Francisco. Permaneceu durante um período de sua vida eremítica incumbido das funções de cozinheiro. Frei Antônio realizava tudo com humildade até que seus superiores perceberam seus extraordinários dons de pregador. Desde então pregou com eficácia contra os hereges, dirigindo-se de preferência à pregação popular. A quaresma de 1231 marcou o vértice de sua pregação. Tomado novamente por uma doença inesperada, morreu aos 36 anos em Pádua. Seu culto é um dos mais populares. Foi canonizado no Pentecostes de 1232, apenas um ano após a morte. Até os dias atuais a devoção a Santo Antônio é grande. Não só pelas Graças recebidas por intermédio deste Santo, mas porque sua vida dedicada ao Reino de Deus é um convite para que acolhamos o Dom da Santidade. Santo Antônio acolheu com sabedoria este grande Dom de Deus, percorrendo os caminhos propostos por Jesus Cristo. A Igreja Católica dando continuidade a Missão do Mestre, relata que: “O caminho da perfeição passa pela cruz. Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual. O progresso espiritual envolve ascese e mortificação, que levam gradualmente a viver na paz e na alegria das bem-aventuranças” (CIC 2015). O Papa Francisco reforça esta afirmação da Igreja dizendo que: “Humilhação nossa, para que o Senhor cresça, é regra de santidade. Os santos não são super-homens e nem nasceram perfeitos”. E continua o Papa: “A santidade é um dom de Jesus à sua Igreja e para fazer ver isto Ele escolhe pessoas em que se vê claro o seu trabalho para santificar”. Deus em seu infinito Amor penetra os corações de seus filhos, toma-os como morada sua. Ao comemorarmos a Festa de Santo Antônio, procuremos fazer nossa experiência com Cristo a exemplo do nosso querido padroeiro. Desperte em nós o desejo de sermos santos acolhendo mais uma orientação de nosso santo Papa: “Ser santos não é um privilégio de poucos, como se alguém recebesse uma grande herança. Todos nós recebemos a herança de nos tornarmos santos no Batismo”.
Santo Antônio Interceda por nós e abençoe nossa Paróquia!
Diác. Paulo Isaías Vieira

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